Erro n.o 67 - Usar Uma Linguagem Delicodoce | Dra. Lois P. Frankel

A outra forma tipicamente feminina de evitar um discurso demasiado directo consiste em usar uma linguagem cheia de afecto e carinho. A melhor maneira de lhe descrever aquilo a que me refiro é comparar esse modo de se expressar com outro impregnado de determinação.

 Vocabulário delicodoce
> “Dá -me a sensação
de que deveríamos...”
> “Eu poderia...”
> “E se considerasse
a possibilidade...”
> “Como se sentiria se...”
> “Poder -se -ia argumentar que...”
> “A meu ver, deveríamos...”

Vocabulário determinado
> “Julgo que é preferível...”
> “Tenciono...”
> “Aconselhá -lo -ia a...”
> “O que pensa da ideia de...”
> “Os que se opõem diriam...”
> “Proponho que...”

A diferença salta à vista. Ambos os discursos reproduzem o mesmo conteúdo, mas as expressões à direita são mais assertivas, testemunhando um maior empenho de quem fala e a determinação de se impor. A leitora poderá achar que se trata de uma questão sem importância, mas o certo é que a linguagem veicula metamensagens a nosso respeito e a respeito dos nossos valores e intenções.

Dicas

> Treine-se a começar as frases com uma afirmação antecedida do pronome pessoal eu. Eu penso, eu creio, eu proponho, eu tenciono, eu gostaria, eu tenho a impressão de que…
> Diga o que pensa com convicção – mesmo que isso represente um risco.
> Procure integrar no seu vocabulário uma terminologia mais específica do mundo empresarial, lendo livros e artigos para profissionais da área.
> Quando acabar de escrever os seus e-mails e cartas, leia-os com espírito crítico. Isso ajudá-la-á a aperfeiçoar a forma de redigir.
> Não se desfaça por completo da linguagem de cariz afectivo, mas seja selectiva ao usá-la. Poderá ser-lhe útil para aconselhar colegas ou actuar como coach.