O poder de recuperação face à dificuldade exige uma forma especial de inteligência. Os meios tradicionais – livros de auto-ajuda ou experiência de rua – não garantem necessariamente a felicidade, mas a inteligência social e emocional, sim. Eis como aumentar a inteligência emocional dos seus filhos, que é nem mais nem menos do que o alicerce de uma felicidade duradoura.
A boa notícia é que, mais uma vez, a inteligência emocional é uma capacidade e não uma característica nata. É esse o motivo por que prefiro o termo aprendizagem emocional em vez de inteligência emocional. Falar sobre aprendizagem recorda-nos que estamos a ensinar aos nossos filhos as capacidades de que necessitam para compreenderem melhor os seus inúmeros sentimentos sempre em processo de mudança. As pessoas são emocionalmente letradas, a ponto de poderem ler e compreender emoções – as delas e as dos outros. As crianças emocionalmente cultas conseguem reconhecer, interpretar e reagir de uma forma construtiva às suas próprias sensações e às dos outros.
Os pais constroem a aprendizagem emocional dos filhos de duas maneiras fundamentais. Primeiro, estabelecem com eles relações sólidas – o tipo de relações sensíveis e positivas que fornecem às crianças o apoio de que necessitam para explorar o mundo. Em segundo lugar, “treinam emocionalmente” os filhos para que eles construam um extenso léxico de sensações com que se sentem capazes de lidar e com as quais se sentem à vontade. Este capítulo vai ensinar-lhe como fazer as duas coisas.
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