Já perdi a conta das vezes em que, à pergunta “O que é que faz?”, ouvi mulheres responderem de uma forma que tira importância ao trabalho que fazem: “Ah, nada de especial, ocupo-me da gestão de um
escritório de advogados”, ou então: “Sou só assistente de direcção”, ou ainda: “Digamos que sou uma espécie de coordenadora do departamento de informática.”
Além de revelarem constrangimento e falta de brio no que fazem, estes comentários tiram a qualquer um a vontade de saber mais. No entanto, o cargo ocupado, seja ele qual for, é fulcral para o funcionamento da empresa. Mesmo que não seja presidente da IBM, decerto não estaria a ocupar o seu lugar se ele não servisse para nada. Para lucrar com a venda da sua imagem, deverá reconhecer a importância do papel que desempenha no seio da empresa em que trabalha.
Aprenda a dizer de forma sucinta em que consiste a sua actividade, insistindo nos aspectos mais relevantes. Não, não a estou a incitar a mentir, mas antes a estimulá-la a mostrar-se orgulhosa por contribuir com o seu trabalho para a concretização dos objectivos da empresa. Se não é capaz de expor a alguém o teor do que faz durante o tempo que leva uma viagem de elevador (num edifício não muito alto), é porque ainda não definiu cabalmente a sua imagem de marca.