Temos por certo um letreiro na testa que diz: “Vá, Anda Lá! Estraga-Me o Dia! É para Isso Que aqui Estou.” Se assim não fosse, o que levaria as pessoas a perder e a fazer -nos perder tanto tempo a falar de coisas sem interesse nenhum? Não consigo imaginar ninguém – homem, mulher ou criança – a entrar no meu gabinete e a dizer-me: “Importas-te que te faça uma pergunta? É que o Bob está ocupado neste momento”, como se eu própria também não estivesse. O tempo, cara leitora, é um dos seus bens mais preciosos. Uma vez gasto, nunca mais o recupera.
Parte-se do princípio de que nós, mulheres, somos bondosas e solícitas, estamos sempre prontas a ouvir os outros, a dar-lhes apoio, a consolá-los e a sei lá que mais. Pois bem, asseguro-lhe de que nada exclui que sejamos ciosas do nosso tempo. Tudo tem o seu tempo e o seu lugar, e no dia em que o prazo para concluir um trabalho está a chegar ao fim, temos uma marcação no cabeleireiro às cinco e meia e a família em peso vai jantar lá em casa, não podemos perder um minuto que seja.
Christine Reiter, presidente da empresa de consultoria Time-Strategies, com sede em Pasadena, colabora com os clientes no sentido de os ajudar a maximizar o seu tempo. Quando lhe perguntei em que diferem homens e mulheres no que respeita a esbanjar o tempo, ela respondeu-me: “A necessidade premente de agradar a todos e a incapacidade de dizer não são as grandes responsáveis
pelas perdas de tempo das mulheres. Não gostamos de conflitos nem de confrontos. Daí que tenhamos dificuldade em estabelecer fronteiras e em deixar clara a nossa posição.”
Não chegue ao fim desta página com a impressão de que lhe estou a sugerir que não consagre um minuto do seu tempo aos outros: fazê-lo significaria infligir danos irreparáveis nas suas relações, impedindo-a de acumular fichas que mais tarde poderá usar como moeda de troca. Mas pense bem na forma como deixa que os outros lhe absorvam o tempo, sobretudo quando ele já é escasso.
Christine Reiter, presidente da empresa de consultoria Time-Strategies, com sede em Pasadena, colabora com os clientes no sentido de os ajudar a maximizar o seu tempo. Quando lhe perguntei em que diferem homens e mulheres no que respeita a esbanjar o tempo, ela respondeu-me: “A necessidade premente de agradar a todos e a incapacidade de dizer não são as grandes responsáveis
pelas perdas de tempo das mulheres. Não gostamos de conflitos nem de confrontos. Daí que tenhamos dificuldade em estabelecer fronteiras e em deixar clara a nossa posição.”Não chegue ao fim desta página com a impressão de que lhe estou a sugerir que não consagre um minuto do seu tempo aos outros: fazê-lo significaria infligir danos irreparáveis nas suas relações, impedindo-a de acumular fichas que mais tarde poderá usar como moeda de troca. Mas pense bem na forma como deixa que os outros lhe absorvam o tempo, sobretudo quando ele já é escasso.
