O bem‑estar é também uma questão de relação com o outro. A qualidade do elo relacional e a clareza da comunicação entre duas pessoas são essenciais para que a expressão «viver juntos» faça sentido. Em 1968, gritava‑se: «Faça amor, não a guerra!» Hoje, fala‑se de empatia. E é mais do que uma moda, é uma receita. Diga‑se de passagem que não o dispensa de fazer amor, mas isso é outra conversa!
Mas voltemos à empatia... Ter empatia é ser capaz de compreender as emoções sentidas pelo outro, abstendo‑se de qualquer julgamento. A escuta é quem mais ordena. E a partilha não deve ser contaminada pela sua visão das coisas.
Seja, pois, empático! Irá fazer‑lhe tanto bem a si quanto à outra pessoa, já que o obrigará a abrir‑se aos outros mais do que costuma, a desenvolver a sua intuição e a tolerar que possa haver quem se comporte ou pense de maneira diferente da sua. No entanto, se for hipersensível, não caia no excesso de empatia, que fará com que perca o distanciamento, levando‑o a sentir o mesmo que o outro e que, francamente, não é o objetivo desta manobra... A empatia é como a circulação rodoviária: há que manter a distância de segurança.