Servir de Modelo | Dra. Christine Carter

É maior a probabilidade de os pais pessimistas terem filhos pessimistas. Mais do que servirem de modelo à forma optimista ou pessimista como interpretamos os acontecimentos nas nossas vidas, os pais exemplificam a forma como interpretamos os acontecimentos nas suas vidas. Por outras palavras, as crianças são mais sensíveis ao feedback que obtêm dos pais do que às explicações que eles dão sobre os acontecimentos das suas vidas. Isso significa que, quando criticamos os nossos filhos, os tornamos mais vulneráveis ao pessimismo.


Eis um exemplo que os pais não devem seguir. Um dia destes, Fiona recebeu um robot que um familiar lhe enviou como presente de aniversário. Destinava-se a crianças com o dobro da sua idade e, como tal, fiquei pessimista quanto à sua capacidade para o montar. “Não és capaz de o fazer”, avisei-a. “E eu não tenho tempo para te ajudar.” Desiludida, folheou as mais de cinquenta páginas de instruções do manual, mas depois interessou-se por outra coisa. Inconscientemente, eu ensinara-a a https://www.leyaonline.com/pt/livros/desenvolvimento-pessoal/educar-para-a-felicidade/questionar a sua capacidade sem primeiro a testar. Nessa mesma tarde, a sua madrinha Jane apareceu e viu a caixa com as peças do robot em cima da mesa. Fiona explicou-lhe que queria construir o robot mas que era demasiado difícil para ela. “A sério?”, inquiriu Jane, num tom optimista. “Vamos tentar e ver se é assim tão difícil.” Uma hora mais tarde, as duas tinham posto o robot a funcionar. Fiona estava doida de alegria com a sua tarefa, que acabara por executar praticamente sem ajuda. “Tinhas razão, mamã”, disse-me, orgulhosa. “Foi difícil, mas acontece que sou boa a construir robots.”
Educar para a felicidade | Dra. Christine Carter, Lua de Papel, o blogue de papel