Não tenho tempo | Jen Sincero

Graças ao trabalho árduo de pessoas muito inteligentes, sabemos hoje que o tempo é uma ilusão. Embora a maior parte das pessoas não faça a mínima ideia do que isso quer dizer, há outro ângulo muito mais fácil de compreender: a falta de tempo é uma ilusão. Por exemplo: Não tenho tempo para procurar um lugar de estacionamento como deve ser, por isso vou estacionar nesta zona de cargas e descargas. Oh, vejam bem, passei três horas que me fazem TANTA falta a ir buscar o carro que foi rebocado, mais duas porque me perdi no caminho para casa, e quarenta e cinco minutos a queixar‑me de tudo isto ao meu marido.

Não tenho tempo para limpar o escritório. Oh, vejam bem, passei meia hora que me faz tanta falta à procura do telemóvel, que estava sepultado debaixo de um monte de porcarias. Oh, e vejam só, o telemóvel está sem bateria, o que significa que tenho de perder ainda mais tempo, que me faz falta, à procura do carregador, que pode estar debaixo deste monte de livros, por favor, espero que esteja...
Quando temos de fazer algo, subitamente o tempo aparece. O que significa que sempre esteve lá, simplesmente optámos por nos limitar a nós próprios ao acreditar que ele não existia. Já reparou que, quando tem seis meses para fazer uma coisa demora seis meses a fazê‑la, mas se só tiver uma semana a faz numa semana? Assim que perceber que o tempo, tal como o resto da realidade, está só na sua mente, conseguirá pô‑lo a trabalhar para si em vez de ser escrava dele.