Não encare a teia de relações e manobras instituída na empresa como um bicho-de-sete-cabeças. A tentativa de evitar os grupos de interesses constituídos e as formas de relacionamento implantadas é o mesmo que procurar evitar o tempo que faz lá fora: goste-se ou não, é assim e ponto final. Seja no local de trabalho, no governo ou nas organizações profissionais, essa trama determina o nosso modo de agir. Se nos alhearmos dela, ficaremos fora do jogo e, como tal, nunca poderemos ganhar.
A questão resume-se, tão-só, a uma rede de relações e à capacidade de compreender o “toma lá, dá cá” – ou princípio da reciprocidade – inerente a qualquer relação. Tal como em São Bento, também no local de trabalho as carreiras se fazem e desfazem ao sabor das relações que se estabelecem. E, quando uma relação lhe fizer falta, já é tarde para a construir. Uma rede de relações cultiva-se ao longo do tempo e com todo o tipo de parceiros.
Uma relação no local de trabalho – seja com o chefe ou com os colegas – será frutífera se soubermos definir com clareza o que temos para oferecer e o que precisamos ou pretendemos do outro.
No fundo, trata-se de uma situação recorrente, ainda que não se lhe dê um nome específico. Pense na relação que mantém com a sua melhor amiga: pode precisar dela para se aconselhar, apenas para lhe fazer companhia ou como parceira para um jogo de ténis ou um leque variado de outras coisas. Se ela corresponder às suas expectativas, também a probabilidade de a leitora estar disponível para o que ela quiser ou precisar de si é maior. Apesar de poder dar-se o caso de nunca ser mencionado, o “toma lá, dá cá” é um factor implícito na relação. Ora, numa empresa passa-se o mesmo. Ao esforçar-se por satisfazer os interesses de alguém ou por lhe proporcionar aquilo de que necessita, a leitora terá conquistado “fichas de jogo”, que mais tarde poderá usar como moeda de troca quando chegar a sua vez de precisar de um favor.
Uma relação no local de trabalho – seja com o chefe ou com os colegas – será frutífera se soubermos definir com clareza o que temos para oferecer e o que precisamos ou pretendemos do outro.
No fundo, trata-se de uma situação recorrente, ainda que não se lhe dê um nome específico. Pense na relação que mantém com a sua melhor amiga: pode precisar dela para se aconselhar, apenas para lhe fazer companhia ou como parceira para um jogo de ténis ou um leque variado de outras coisas. Se ela corresponder às suas expectativas, também a probabilidade de a leitora estar disponível para o que ela quiser ou precisar de si é maior. Apesar de poder dar-se o caso de nunca ser mencionado, o “toma lá, dá cá” é um factor implícito na relação. Ora, numa empresa passa-se o mesmo. Ao esforçar-se por satisfazer os interesses de alguém ou por lhe proporcionar aquilo de que necessita, a leitora terá conquistado “fichas de jogo”, que mais tarde poderá usar como moeda de troca quando chegar a sua vez de precisar de um favor.