Erro n.o 16 - Precisar de Que Gostem de Si | Dra. Lois P. Frankel

“Não há dúvida de que vocês gostam de mim! Neste preciso momento, vocês gostam de mim!” Não há melhor exemplo de como a necessidade de que os outros gostem de nós pode obstruir o caminho do êxito que esta exclamação de Sally Field, depois de, em 1984, ter conquistado o Óscar para Melhor Actriz com o seu desempenho no filme Um Lugar no Coração. Até então, o seu currículo incluía películas como Gidget, The Flying Nun e o papel de co-protagonista de Burt Reynolds em Os Bons e os Maus. O deslize no discurso de aceitação do Óscar constituiu um ponto de viragem na sua carreira. A partir de então, passou a interpretar papéis mais sérios, participou na realização e produção de filmes e mudou a forma de comunicar com o público.

A necessidade de que os outros gostem de nós é um factor decisivo para o êxito. As pessoas são promovidas, despromovidas, contratadas e despedidas, consoante os outros gostem mais ou menos delas. A miúda que existe dentro de cada uma de nós precisa de que gostem dela – e não há nada de mal nisso. Os problemas só surgem quando as necessidades da miúda tolhem os movimentos da mulher adulta e racional.
Em certas pessoas, essa necessidade está tão enraizada que as impede de agir de outro modo. É fundamental perceber a diferença entre gostarem de nós e terem respeito por nós. Se a única https://www.leyaonline.com/pt/livros/ciencias-sociais-e-humanas/gestao/as-boas-raparigas-nao-sobem-na-vida/preocupação da leitora for agir de modo a gostarem de si, o mais provável é nunca vir a ser respeitada. Essa sua necessidade exclui a possibilidade de assumir riscos que só quem é respeitado está à altura de assumir. Pelo contrário, se a sua preocupação for apenas fazer -se respeitar, pouco se importando se os outros gostam ou não de si, poderá perder apoios com que lhe interessa contar. Paradoxalmente, são as pessoas de quem os outros gostam e pelas quais têm ao mesmo tempo respeito as mais bem -sucedidas no plano profissional.